terça-feira, 11 de junho de 2013

O uso do equalizer e compressor na guitarra ao vivo

Olá leitores que tentam acompanhar ou que já leram pelo menos uma vez o que postei anteriormente em meu blog. Pois bem. O assunto de hoje é o uso de equalizer e compressor na guitarra, este é considerado por algumas pessoas como polêmico, e o que vou escrever aqui, pode servir para alguns, como também não pode servir.

Equalizer

Pelo que entendo e também por ter mexido no pedal de equalizer cheguei a conclusão que é um excelente recurso para as pessoas que buscam "milimétricamente" por um timbre de guitarra "perfeito", explorando uma a uma todas as ondas sonoras produzidas pelo instrumento.

O pedal contém várias bandas de equalização, que vão do grave ao agudo, e estão normalmente simbolizados como "Hz" (hertz), que são as ondas sonoras produzidas pela guitarra quando ela é tocada. É importante reforçar que o pedal que veio como uma solução pode gerar problemas, pois quando equalizado anteriormente, em seu amplificador, e quando você vai para outro ampli, no caso em um estúdio, você sentirá uma grande diferença, ou seja, terá que mexer "loucamente" no amplificador e pedal para atingir o timbre que você havia feito em casa, que pra você estava ótimo. É de extrema importância lembrar que nenhum amplificador é igual ao outro, mesmo que seja modelo e marca iguais.

Compressor

Na minha opinião, ficaria dividido quanto o uso do compressor. Sou 50% a favor e 50% contra. A pequena explicação que tenho para isto é a seguinte: O som da guitarra é produzido por ondas correto?Então, quando você grava voz ou guitarra é notável em qualquer programa de áudio que as ondas sempre vão oscilar, tanto para cima, quanto para baixo, e é aí que entra o compressor para lhe ajudar. Ele tem como objetivo comprimir essa oscilação e fazer com que o som fique reto e perfeito.

O problema é que o uso dele pode gerar um certo desconforto, pois dependendo da maneira que a guitarra for timbrada, o compressor acaba literalmente cortando o som, ou deixando "artificial" demais. Além de ser muito difícil de usá-lo corretamente. Mesmo deixando o threshold, attack e o ratio nivelados e perfeitos, caso você use ele com distorção, overdrive ou limpo, perceberá que algum destes três não vai estar de acordo com o que você desejou.

No som limpo? acho válido. O som tem que sair reto e cristalino, sem sentir os agudos que machucam o ouvido e nem os graves saturarem. Na distorção, sou contra, pois as ondas oscilam muito mais quando o drive está ativo. O que fazer para que o drive fique limpo e as ondas sonoras oscilem menos? Diminuo o gain ou o drive do pedal ou pedaleira. Pra mim, desse jeito, consigo sentir mais o som da guitarra e menos o do pedal.


E se usasse o compressor com a distorção ou o drive alto? Seria uma "lambaça", sem definição de nota. Seria um excesso de ondas comprimidas.

E se diminuísse o drive ou distorção e colocasse o compressor? Não aproveitaríamos ao máximo o som que a guitarra faz!

Guitarra limpa vai além de estética


Manter sua guitarra limpa e bem cuidada, não é frescura . Muitos guitarristas não sabem proceder a tarefa de maneira correta e desconhecem  técnicas de higienização  e os produtos de limpeza adequados, que podem tanto aumentar quanto diminuir (se não houver cuidado) o desempenho e a vida útil de seu instrumento.

Existem no mercado uma série de produtos que podem ser empregados na conservação do instrumento, que vão desde óleo de máquina, passando pelo óleo de peroba, até as ceras de carnaúba e automotiva. Mas, o grande desafio não é decorar uma enorme lista de produtos químicos, mas sim, saber quando, onde e em qual ocasião eles devem ser aplicados.

A primeira regra para não errar é analisar com muita atenção o acabamento do instrumento, ele pode ser encerado, pintado com verniz de poliuretano (PU), poliéster, goma laca, ou mesmo tinta esmalte.

Cada um destes tipos de proteções requer um cuidado diferente.

Instrumentos pintados com PU, tinta acrílica, esmalte ou poliéster podem ser tratados com cera automotiva. Lembre-se, porém, de que este produto é corrosivo. Portanto, não deve ser aplicado com muita freqüência – em média, uma vez a cada 15 dias.

Já os mais rústicos, com acabamento em madeira apenas lixada, devem ser conservados com cera de carnaúba. Para hidratá-los, uma vez a cada seis meses, pode-se aplicar óleo de peroba ou de limão em toda a peça, exceto na escala. Por ser uma parte cujas medidas devem ser precisas, não pode sofrer alterações provocadas pela umidade gerada pelo óleo de peroba. Por isso, o mais indicado é o uso, neste caso, da cera de carnaúba (ou a automotiva, se a escala for envernizada).
APLICAÇÃO DA CERA

Todas as ceras requerem as mesmas técnicas de utilização. Primeiro, cubra o instrumento com uma fina película. Quanto menos cera utilizar melhor, pois, além de economizar o material, poupará seu tempo, uma vez que será mais fácil de remover uma fina camada do que crostas (mas não deixe de passar o produto em todos os cantos do instrumento).

Após a aplicação, espere vinte minutos, para a secagem. Em seguida, pegue um pedaço de estopa e  remova o excesso. Feito isto, é a hora do polimento, cuja técnica é a mesma utilizada pelo lendário mestre Miyagi: faça-o sempre em movimentos circulares.

Está pronto, independentemente de seu instrumento ter acabamento em madeira, PU, ou poliéster (entre outros), você verá que, utilizando o material e a técnica correta, ele ficará brilhando como novo por muito mais tempo.

LIMPEZA DAS CORDAS

O mesmo zelo que temos com os instrumentos devemos ter com as cordas. Para elas estarem sempre impecáveis (aumentando a sua duração) limpe-a com uma flanela seca toda vez que terminar de tocar. Isso evitará o acúmulo de gordura e suor, que contribui com a corrosão.

Para as cordas de aço, a dica é pingar cinco gotas de óleo de máquina em um pedaço de estopa e aplicar sob elas. Mas tome cuidado para não deixar o óleo escorre na escala, pois um descuido desses poderá prejudicar a madeira e o verniz de seu instrumento.

Atenção com as cordas da marca Elixir: por possuírem um revestimento plástico, não as limpe com óleo de máquina. Use apenas uma flanela (ou estopa) seca, principalmente por debaixo das cordas, pois é neste local onde a gordura dos dedos se acumula.




CRÉDITOS: Vitor Gomes (Luthier)